Mateus 22:37
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.”
Como vemos no versículo acima o amor envolve sentimento, emoção e razão, portanto não se limita a sentimento e desejo como muitos pensam, pois se fosse limitado ao desejo por exemplo, ele duraria apenas um período de tempo e passaria. Por não compreender isso muitos relacionamentos não duram. Muitas pessoas quando casam não estão preparadas para a vida a dois. Na verdade é difícil se preparar para isso, uma vez que vivemos a vida sem compartilhar nossas intimidades com ninguém e, de repente, surge uma pessoa que vai ser uma com você e, os atritos farão parte desta caminhada.
É claro que o atrito não é constante nem eterno, mas ele fará parte da vida conjugal e terá de ser administrado. Tal qual um diamante para virar aquela obra prima linda que colocamos nos anéis, brincos e colares, ele passa por atritos nas mãos dos artesãos, perde pequenas partes de seu todo para, no final, se tornar aquela pedra preciosa linda, cara e brilhante que todos se agradam em ver. Assim é também o relacionamento conjugal, muitas vezes teremos de ceder em coisas que nunca pensamos que poderíamos e, a pergunta que não quer calar é: Como ceder em algo que você não quer?
A resposta é mais simples do que parece. É o amor. Mas não é aquele amor de filme de cinema, é o amor verdadeiro que não se limita nem se define por um sentimento ou desejo apenas, como já dissemos no início deste texto. O amor é decisão e não sentimento. A bíblia nos diz para amarmos os nossos inimigos. Daí eu te pergunto: Como amar aquele que te fez mal? Como Cristo conseguiu amar aqueles que o chicotearam? Como eu vou conseguir amar uma pessoa pela qual eu terei de abrir mão de coisas que eu gosto? Ou abrir mão de costumes que já pratico há anos?
Veja o seguinte: Para ter um trabalho, você abre mão de dormir até mais tarde todos os dias certo? Você abre mão de fazer o que gosta para fazer aquilo que tem que fazer correto? Você abre mão do ambiente confortável e seguro da sua casa para outro ambiente as vezes não muito confortável e com pessoas que, algumas vezes, serão seus inimigos, não é assim? No trabalho você abre mão de muitas outras coisas todos os dias e, faz isso por algo que não ama de verdade. Faz isso porque tomou uma DECISÃO. O que você faria então por aquela pessoa que você realmente decidiu amar?
Quando decidimos de verdade algo, conseguimos fazer qualquer coisa. Por exemplo, é possível emagrecer, tomando atitudes que farão seu corpo se adequar a nova realidade de perda calórica. Quando decidimos estudar de verdade, apesar de não gostarmos, conseguimos impor a nós mesmos uma disciplina que, com o devido tempo, entra na nossa rotina fazendo parte dela, de forma que não mais nos sentimos mau com o estudo constante e, quando vem o resultado entendemos que realmente valeu a pena.
A decisão de amar não é diferente disso. Sempre que seu cônjuge faz algo que te desagrada a conversa é necessária, pois não podemos deixar o sol se por contra a nossa ira, isto é, não durma com raiva de quem você ama. Lembre-se sempre que vocês são PARCEIROS e não ADVERSÁRIOS. Basta a cada dia o seu próprio mau. Quando você decide amar, é como fazer regime, você tem que abrir mão de algumas coisas que você gosta por um resultado maior. Você tem que tomar certas atitudes e incorporá-las ao seu cotidiano ainda que não goste.
Sei que não é fácil fazer vista grossa para a toalha molhada em cima da cama, para os impulsos de raiva repentinos, para as mudanças de humor contínuas mas, nestes momentos, devemos enxergar aquela pessoa pela qual nos apaixonamos, aquela pessoa que nos encantou e que nos fez decidir que valeria a pena viver o resto de nossas vidas ao seu lado. Acredite, esta pessoa ainda está lá.
Apesar de, os momentos ruins serem intensos, eles são minoria, os momentos bons serão sempre maioria se aprendermos a superar os problemas e deixar a discussão do passado no próprio passado e, não carregar problemas de anos a fio como arma para contra ataque na hora da briga. Decida amar e o perdão será uma atitude mais simples, não mais fácil.
Por fim quero que se lembre que Cristo nos amou primeiro. Não somos merecedores, somos pecadores e, mesmo assim, Deus enviou seu único filho para morrer pela humanidade. Isso é o verdadeiro amor. Pense nisso!